segunda-feira, 28 de março de 2011

HORA DO PLANETA

Nesse último final de semana ocorreu a "hora do planeta", em que algumas cidades do Globo aderiram a essa farsa que se convencionou chamar de "movimento de protesto".

Interessante a iniciativa, exceto por duas coisinhas...
1) Essa porra de 'hora do planeta', segundo entendi, consiste em uma e apenas UMA hora em que ALGUMAS luzes de ALGUNS pontos específicos das cidades são apagadas. Bonitinho né? A não ser pelo fato de se apagar luzes que não faz diferença alguma se ficarem ou não acesas. O que gasta energia não são essas luzes de monumentos, mas as luzes de casas, apartamentos, condomínios e principalmente indústrias; televisores ligados sem necessidade; chuveiros ligados ao mesmo tempo; ferros de passar ligados ao mesmo tempo; microondas ligados ao mesmo tempo; computadores ligados ao mesmo tempo... são essas "luzes" que deveriam ser apagadas e não meia dúzia de lâmpadazainhas de monumentos. E depois eles têm a pachorra de vir na mídia e dizer: "essa uma hora acarretou uma economia astronômica de energia"... VAI TOMAR NO SEU CU VOCÊ E A SUA ECONOMIA ASTRONÔMICA DE ENERGIA!!!

2) UMA HORA? SÓ UMA HORA? Bem, vejamos se entendi. O excremento chamado ser humano está caminhando sobre esta Terra há cerca de 250.000 anos... vejamos: cada ano tem 365 dias e cada dia, aproximadamente, 24 horas, que é o tempo necessário para a Terra dar uma volta completa em torno de si mesma (isso se chama?... lembra da aulinha de Geografia da terceira série do ensino fundamental? Movimento de ROTAÇÃO) isso totaliza 8.760 horas por ano. Ora, se cada ano tem aproximadamente 8.760 horas, ao multiplicarmos esse resultado por 250.000 descobrimos que estamos extraindo recursos deste Planeta há cerca de nada menos do que 2,19 BILHÕES DE HORAS. Então, no ano da Graça de Nosso Senhor Jesus Cristo de 2011, escolhemos UM dia para economizarmos energia por apenas UMA hora... UMA HORA em 2,19 BILHÕES... 

Eu me sinto tão indignado, que não vou perder tempo de expor o resto da minha indignação... mas, sabe de uma coisa: o pior não é a aceitação dessa hipocrisia generalizada, porque, reconheçamos: uma "ideota" dassas só poderia partir da burrice humana... O pior mesmo é conversar com as pessoas e ver que a maioria acha isso razoável e,sem o menor pudor, chamam de "protesto"...

Deus, meu Pai e meu Criador, Senhor das coisas visíveis e invisíveis e que está assistindo à sua criatura há mais de 2,19 bilhões de horas... por favor, eu peço, eu imploro: pare de nos perdoar por atitudes imbecis como esta, caso contrário até o Armagedon estará seriamente arriscado a não acontecer. Eu tenho medo de dizer isso, mas é a verdade: nós, seres humanos, precisamos colher os frutos da nossa ignorância para aprendermos a valorizar aquilo que sequer temos a mínima idéia do quanto vale: a vida. E não somente a vida humana; mas toda e qualquer forma de vida.

Amém.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Café re-Quentin Tarantino

Todos aqui sabem do meu gosto pelos filmes de Quentin Tarantino. Acontece que há uma controvérisa que eu e meu irmão temos a respeito da maneira como o cineasta trata algumas das questões pertinentes a todos os seres humanos. Chega de conversa! Vamos ao que interessa, claro, tarantinescamente falando.

Capítulo I - Eterno déjà vu

Os filmes de Tarantino tratam sempre da mesma questão: a perversidade humana. Todas as nuances que se desenvolvem a partir disso são dela variantes e sempre nela culminam, travestindo-se ora como raiva, ora medo, ora angústia, ora ódio, ora vingança, ora pura e simplesmente perversidade (como a personagem de Michael Madsen em Cães de Aluguel). Mesmo as personagens heróicas são perversas, impulsionadas não pelo altruísmo "melado" do herói romântico, mas pela busca de fama do herói grego, aquele que já conhece o seu destino antes de encontrá-lo, mas que, ainda assim, vai em busca dele pelo simples prazer que o caminho a ser percorrido lhe oferece. O exemplo é a personagem Beatrix Kiddo, interpretada por Uma Thurman em Kill Bill vols. I e II, que, aparentemente, busca vingança pelas atrocidades que sofreu na mão de Bill e suas Víboras Mortais e pela morte de sua filha. No final do vol. II, Bill, o mais filho da puta e o mais sábio de todos os personagens criados por Tarantino, faz uma análise de Kiddo e expõe brilhantemente a saga do herói grego encarnada na própria Beatrix Kiddo: uma heroína com foi vilipendiada de todas as maneira e que tinha uma justa razão para a vingança... mas que se compraz em fazê-lo, portanto, perversa. A mesma analogia se aplica a Butch, interpretado por Bruce Willis em Pulp Fiction e ao Tenente Aldo Raine em Bastardos Inglórios.

Capítulo II - A Narrativa Mortal ou a assim chamada "conexão desconexa conectada de forma atemporal"

Desde que era um roteirista falido, desempregado e que não pegava ninguém, a marca registrada de Tarantino sempre foi bipartite: por um lado, a força, o peso e a profundidade dos diálogos; por outro, uma narrativa extremamente onisciente e desconexa, que, de uma maneira brilhante, se despe da sua onipotência ao longo do desenvolvimento da trama e demonstra sua onipresença no desfecho. Enquanto a trama não é concluída, a morte paira no ar e assombra o espectador que é acometido com espasmos de catarze periódicos. A fragmentação do enredo e das tomadas de cena são todas partes intimamente ligadas entre si - sem, contudo, que se forme necessariamente um todo. Cada filme de Tarantino, portanto e a meu ver, é como um livro de contos: pode até ser que haja alguma sincronia, mas cada conto (ou cada capítulo de um filme) tem plena coerência se analisado em si mesmo ou em um contexto apartado da trama.

Capítulo III - Rumpelstiltskin ou "quem decifrou o nome de Tenbreenan Cragsistan"

Tudo na vida tem seu preço da mesma forma que todo ser humano tem o seu. Mas quem estaria disposto ou teria condições para arcar com tamanhas despesas? É por isso que Tarantino faz um trato com seu espectador... um trato que é assinado com sangue, sim! Tarantino nos serve o sangue das suas personagens e nós servimos o sangue da nossa catarze. Como não podemos servir nosso próprio sangue, o trato é o seguinte: "minhas personagens sangram por você... porém, quando minha personagem sofre, você também terá que sofrer; quando minha personagem sangra, também você deverá sangrar, e assim ipsis litteris ad infinitum. Contudo, se você descobrir os meus personagens onde o nome delas não está e o meu nome em personagens onde eu não estou, eu pagarei o seu preço". Acontece que ninguém, até hoje, conseguiu responder a este enigma. Portanto, cada obra de Tarantino é única.

Capítulo IV - Café Re-Quentin Tarantino

Existe uma música do Guns n' Roses, a segunda faixa do álbum "Use Your Illusion I" (Geffen Records, 1991), chamada "Dust n' Bones, que ilustra aquilo que o ser humano realmente é: poeira e ossos. A relação que vejo entre esta música e as obras de Quentin Tarantino é pura e simplesmente o fato de que, embora sejamos perversos ao amar alguém ou nos utilizemos do amor para justificar a nossa perversidade, no final, temos as mesmas reações para as mesmas situações. Não importa que alguém seja um gangster do calibre de Marcellus Wallace ou do grande Bill; nem quão apurada sua habilidade como Pai Mei, nem mesmo quanto poder você tenha sendo um Ditador... haverá sempre alguém na expreita; alguém que não se intimida com essas coisas; alguém como Stutman Mike que está pouco se fudendo se você é um ser humano cheio de sonhos. Essas personagens sempre demonstram a mim, assim como o Joker, o quão ridículas são as nossas tentativas em controlar tudo, inclusive nossas próprias vidas. Sejamos perversos ou não, queiramos vingança com ou sem motivo, ou simplesmente apenas gostemos de sadismos, não importa. A balança sempre se equilibra, não necessariamente, no fim.

Por isso, digo, sem o menos pesar, que Quentin Tarantino é café requentado: já conhecemos o gosto, mas somos compelidos a beber por forças alheias a nossa compreensão.

Poderíamos até evoluí-lo de 'café requentado' para 'café requintado'... mas, ainda assim, café requentado.

segunda-feira, 14 de março de 2011

A Vingança da Mãe Terra - parte I


Fomos avisados, sim, fomos muito bem avisados. Ao longo de séculos, a Mãe Terra nos alertou dos perigos a que nos exporíamos se continuássemos insistindo em nosso ritmo de vida frenético. Os avisos Dela foram além de qualquer limite, muito além do aceitável. Mas nós, em nossa estupidez, em nossa maldita ignorância e repugnante arrogância simplesmente nos fizemos de surdos e mudos... mais ainda: como criancinhas mimadas diante da mãe que nos quer orientar, fizemos-Lhe micagem, caçoamos do Seu instinto de proteção e cuspimos o mingau na Sua cara. Agora, Ela se irritou e há muito pouco a fazer para aplacar sua cólera.

Os últimos acontecimentos no Japão, a meu ver, deixam isso mais claro do que água. Mas sabem o que tenho a dizer sobre isso? Não aprendemos e nem vamos aprender. Se dependesse da globo, por exemplo, haveria mais umas seis ou sete tsunamis no Japão apenas para garantir os assim chamados “furos de reportagem”. As emissoras midiáticas do mundo inteiro ganharam bilhões com as suas “coberturas completas” em tempo real. Eu pergunto a vocês, porcos malditos, onde estavam com sua “tecnologia de tempo real” quando a tragédia aconteceu? Da onde surgiram tantas imagens daqueles acontecimentos terríveis? Ao invés de saírem transmitindo alarmes e tentarem resgatar as vítimas, o que fizeram? Filmaram as ondas no meio do mar!!! NO MEIO DO MAR! O que vocês pretendiam, afinal de contas? Avisar aos peixes sobre a tsunami?

Bom... temos, agora, a seguinte situação: há dez anos atrás, quando essa história de “tsunami” começou a ser propagada neste mundo — porque até então ninguém fazia a mínima idéia que esse fenômeno “natural” pudesse existir —, ninguém se importava porque os atingidos eram as pessoas dos “países emergentes” (eufemismo criado pelos países ricos para se referirem aos países pobres), os quais na concepção deles, já que eram porcos mesmo, que perdessem suas almas! Ninguém ligava... Basta analisar a “ajuda” prestada pelos “países ricos” ao Haiti depois do terremoto ocorrido no início do ano passado.
Agora, meus caros, a conversa mudou. Não foi um país emergente que foi atingido pela catástrofe. Foi um do eixo mais abastado. E o que farão agora? Os “Escarros Unidos da América” continuarão a cuspir no Tratado de Kyoto com sua posição tão irredutível quanto ignominiosa a respeito da redução de emissão de gases tóxicos? A “Urinão Européia” vai continuar a  mijar sobre os tratados ecológicos que assina, promovendo uma vida sustentável de fachada? O próprio Japão, com todo o seu “conhecimento milenar”, terá ainda a pachorra de continuar a motivar consumo e lucro desenfreados depois de um saldo, até agora, de quase 3 mil mortos e um prejuízo que beira aos 350 bilhões de dólares?

Eu tenho um apelo desesperado a fazer: PARE! PARE AGORA! REVEJA SUAS CONCEPÇÕES E PENSE NO QUE PODE AINDA ACONTECER. ESQUEÇA SEU TRABALHO, ESQUEÇA SUAS CONTAS, ESQUEÇA SEU DINHEIRO! APENAS POR 10 MINUTOS... SÓ 10 MINUTOS! PENSE SOBRE SEU ESTILO DE VIDA, PENSE SOBRE O QUE VOCÊ QUER PARA SUA VIDA. AGORA PENSE NO FUTURO, NOS ACONTECIMENTOS DESSES DOIS ÚLTIMOS ANOS E TENTE IMAGINAR SE HÁ POSSIBILIDADE DE FUTURO PARA AS COISAS QUE VOCÊ QUER, DA MANEIRA COMO VOCÊ QUER, SEM QUE ESSE MUNDO SEJA COMPLETAMENTE DESTRUÍDO. O DINHEIRO PODE COMPRAR TUDO DO BOM E DO MELHOR... MAS QUE ADIANTA TER DINHEIRO SE ELE NÃO É CAPAZ DE COMPRAR UM MUNDO PARA QUE VOCÊ DESFRUTE DO BOM E DO MELHOR? PARA QUE SERVE O DINHEIRO ENTÃO? PARA QUE SERVE PRODUZIR TANTAS INOVAÇÕES SE NÃO SABEMOS NEM O QUE FAZER COM A IMUNDÍCIE QUE SAI DE DENTRO DE NÓS MESMOS?

Se você nunca pensou sobre essas coisas, se você nunca empreendeu uma reflexão dessa profundidade, saiba você que há pessoas que pensam nelas por você. Enquanto você pensa na sua satisfação e bem estar vazios, o seu destino é cuidadosamente traçado por políticos e donos de empresas. Você acha que manda na sua vida? Ou pensa que é livre? Dê uma olhada no que sobrou do Japão e você vai conhecer uma ínfima porção da liberdade que os poderosos te reservam ou da liberdade que você mesmo guarda para você se continuar com seu estilo de vida fútil.

Isso me lembra uma das falas do Joker, em “Batman – O Cavaleiro das Trevas”:

“[...] Oh, and you know the thing about chaos? It’s fair”.

 A tradução brasileira ficou “[...] Ah, e você sabe qual a chave para o caos? É o medo”... RIDÍCULA! O correto é:

“[...] Oh, e você sabe de uma coisa sobre o caos? Ele é justo”.

sexta-feira, 4 de março de 2011

O QUE É QUE SE COMEMORA NA PORRA DO CARNAVAL?!

Esta é outra das dez questões que eu gostaria de ver respondidas antes da minha morte. Existem várias versões que se propõem a respondê-la, cada uma mais improvável do que a outra, cada uma mais sem sentido do que a outra. Vejamos algumas:

1) Versão religiosa:
Os primeiros cristãos, pouco antes de celebrarem o suplício de Cristo, precisavam se livrar das fraquezas da carne para participarem da Páscoa purificados. Então, festejam três dias e noites para, logo em seguida, entrarem no período de penitência chamado Quaresma. Isso significa que eles aproveitavam esses três dias para cometerem todos os pecados que podiam, visto que seriam perdoados logo em seguida. Nesta versão, a nomenclatura “carnaval”, forma apropriada para o português proveniente do grego carnis vallis, ou do latim carnelevarium, poderia ser traduzida como "festa da carne", "comemoração carnal" ou "adeus à carne".
Já por esta primeira versão você já percebeu que desde os primórdios não há o menor sentido para esta festa.

2) Versão pagã (entenda-se por “pagãs” as religiões pré-cristãs e aquelas que foram e/ou são consideradas apostasia ante os preceitos da Santa Sé):
Esta provém das religiões que cultuavam divindades da natureza, mais precisamente aquelas que os antropo-biólogos do século XIX e os assim chamados “antropólogos” do início do século XX se encarregaram de chamar de “inferiores” por utilizarem a magia. Dentre elas, as religiões germânicas festejavam a mudança da fase lunar que marcava também a mudança do inverno para o verão e, portanto, o início de um novo ano. Em algum momento da história, alguma "mente brilhante” associou, não se sabe ao certo a razão, esta versão com a religiosa, de onde surgiram os carnavais ditos “de alto nível” (Veneza, Paris etc). Neste sentido, o carnaval poderia ser associado a uma espécie de “ano novo” daquelas religiões.
Aqui você vê que também não faz sentido associar o carnaval àquela  festa, visto que nada tinha a ver com período de privações, mas o desejo de bons auspícios trazidos por um novo ano... na verdade, ano novo e carnaval não tem absolutamente nada em comum.

3) Versão popular:
Não existe. Eu perguntei a várias pessoas a seguinte questão: para você, o que é que se comemora no carnaval? Um momento de silêncio sempre antecedeu respostas como: não importa; não interessa; foda-se!; você é um doente!; ninguém é obrigado a gostar das mesmas coisas que você!; e por aí vai. Isso denota que, para elas, parece razoável sair por aí pulando e bebendo atrás de carros de som durante três dias (no caso de Salvador, são sete), sem que se saiba o que é que tanto se comemora. Nesta versão, a palavra carnaval não quer dizer nada porque ninguém sabe para o que serve a festa e a opinião unânime é, pura e simplesmente, a própria festa. Uma festa cujo sentido se encerra em si mesmo; portanto, uma festa vazia, uma festa inútil; uma festa que, a meu ver, reflete a essência do povo brasileiro de uma maneira ainda mais clara do que o congresso nacional. Concordemos que esta versão é a mais próxima do real.

Bem... vejamos, agora, a minha versão:
Não vejo utilidade no carnaval. Eu, francamente, estou pouco me lixando para o que as pessoas fazem no seu tempo livre. Não é problema meu a vida individual de cada um. Estabelecendo uma analogia com manifestações culturais, eu poderia até considerar o carnaval um grande movimento de cultura que associa as diversas classes sociais e as coloca no mesmo patamar, visto que é uma festa universalizante no sentido de abranger todos os públicos. Mas, como sociólogo, infelizmente, eu estaria enganando a mim mesmo se o fizesse. Não me parece razoável os governos das três esferas dispensarem verba pública para patrocinar algazarra e bebedeira, cujo produto final é sempre uma grande soma de mortos, feridos e doentes a aumentarem as perturbadoras estatísticas brasileiras (em que pese a arbitrariedade dessas estatísticas). Não me parece razoável festejar “sei lá o que” quando as escolas estão uma catástrofe; as estradas idem; o saneamento idem (paulistanos, essa foi em sua homenagem); os impostos absurdos! Não me parece razoável seguir um carrinho de som aos berros uma vez que pessoas não têm o que comer, estão morrendo de fome enquanto o povo pula. Nesta versão, a palavra carnaval significa hipocrisia, mas não uma simples hipocrisia. A hipocrisia a que me refiro é a hipocrisia generalizada e propositalmente difundida, como uma droga... talvez seja esta a pior doença transmitida pelo carnaval.

Agora me diga você gari ou margarida, encanador, pedreiro, policial, socorrista, enfermeiro ou enfermeira, médico de unidade pública... me diga o que é que sobra de toda essa “alegria” insensível? Eu pergunto isso a você, profissional de alguma dessas áreas, porque o povão que pula depois vai embora pra casa dormir e se recuperar da bebedeira... mas você é quem vai ter que limpar toda a sujeira que ficou para trás... é você que vai ter que abrir caminho em congestionamentos ou cortar caminho para não atrapalhar a “alegria do povo” para atender ocorrências; é você que vai ter que se sujar para limpar a nojeira e a podridão que o “povo alegre” lhe deixou de presente ou para ressuscitar riquinhos bêbados e drogados. Para você... o que significa essa porra de carnaval? O quão razoável lhe parece esta estupidez que o povo brasileiro tanto se orgulha de ser o portador?

E a você, que está lendo este post, o quão razoável lhe parece olhar para a direita e ver fantasias e carros alegóricos que custam, em média, mais de 10 milhões de reais para serem produzidos; e olhar para a esquerda e ver crianças e jovens dormindo ao relento, pedindo esmola com medo de chegar em casa e apanhar dos pais, ou pessoas sem lar que clamam a misericórdia do “povo alegre”... quiseram eles poder ter essa, com diz a globo, “alegria que contagia”... mas esse é justamente o problema... a alegria contagia; a sensibilidade pelo outro, não.

E depois o doente sou eu.