domingo, 13 de novembro de 2011

OCUPAÇÃO DA USP

O movimento estudantil é legítimo, mas não podemos nos esquecer de que ele é um movimento fundamentalmente político. Existem lugares específicos para se fazer política em uma democracia e, sinto informar, a universidade não é um deles. O ambiente universitário é um lugar para reflexão, debates, discussões, descoberta, formação. O erro desses amontoados de estudantes ridículos que se auto-denominam "movimento estudantil" é fazer da universidade um ambiente político. Estudantil só porque é formado por estudantes? Para eles, é muito fácil, muito tranquilo invadir um prédio de reitoria, onde há ar condicionado, copa, banheiro, móveis confortáveis para se acomodarem, telefones, computadores etc. Por que não barraram a entrada na portaria? Por que não enfrentaram as borrachadas da polícia "mano-a-mano"? Eu pergunto e eu mesmo respondo: porque seu movimento não têm lastro político e porque são um bando de covardes.

Isso é movimento estudantil? Desculpem, eu jamais admitiria ser representado por um bando de arruaceiros. Movimento estudantil foi o dos anos 1960 e 1970, que fizeram política fora da universidade, poupando o centro de formação dos conhecimentos de ser exposto ao ridículo e perder credibilidade diante da sociedade. Esses estudantes se esqueceram de que nem todos os servidores da USP compartilham dos ideais do seu reitor. Tomando uma atitude como a que tomaram, os estudantes acabam atingindo inocentes, além do custo aos cofres públicos para restauração da reitoria.

Agora me digam: onde está o partido que representa a classe estudantil? ELE NÃO EXISTEEEEEEEEEEEEE!!!!!!!!!!!! E sabem por que não existe? Porque até mesmo o universo da política, com sua ética elástica, se recusa a acolher um bando de baderneiros que não buscam legitimar o seu movimento antes de saírem por aí invadindo e depredando prédios públicos.
Quanto a polícia no CAMPUS, qual o problema? A USP é uma instituição do Estado; a PM também... A razão de existência da universidade PÚBLICA é a defesa dos interesses do Estado; o da PM também... então, por que a recusa por parte dos estudantes? Eu mesmo respondo... aqui, no Brasil, infelizmente, o estudante vai para a universidade pensando ser um lugar mágico, um universo paralelo completamente apartado da sociedade. Quanta ingenuidade, quanta mentira... Os calouros não vão à universidade para estudar, mas para festejar o fato de terem passado no vestibular; os veteranos, por sua vez, que deveriam zelar pela reputação da universidade e trazer os calouros à realidade, os encorajam a arrecadarem dinheiro nas ruas para passarem a noite bebendo e fanfarreando... será mesmo que eles tem tanta razão assim? Será mesmo que eles são as pobres vítimas de políticas arbitrárias? A julgar pelas reivindicações, eu duvido. Ao invés de exigirem políticas eficazes de segurança junto ao governo do estado de São Paulo, não... eles apenas querem tirar a PM do campus, sob o pretexto imbecil de perda de liberdade. Liberdade para quê, cabe indagar. Que tanta liberdade o estudante brasileiro quer ter dentro da universidade? Liberde em relação a quê? Nem eles sabem... querem apenas ser livres, não sabem do que e nem por que, mas querem ser livres.

E no fim, tiveram que sair a força, gritando, berrando "injustiça", chorando lágrimas de crocodilo. Tudo em vão. Como adolescentes na puberdade, esses estudantes apenas chamaram a atenção e conseguiram a reprovação das suas atitudes. Amigos estudantes, por favor, não percam seu tempo com invasões. Organizem-se politicamente e reivindiquem seus direitos nas instituições superiores legais... cobrem dos deputados e senadores que elegemos a devida base política para o movimento que foi  a única coisa que faltou para a invasão poder ser chamada de legítima... e isso fez toda a diferença.

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