sexta-feira, 6 de maio de 2011

LÁ E DE VOLTA OUTRA VEZ

Olá caros familiares, amigos e, por que não, inimigos!

Há um mês que não publico nada no meu blog. O tempo passa rápido demais ou, talvez, eu é que seja lento demais para o tempo. Aproveito para indicar uma leitura fantástica sobre diversas perspectivas temporais: Cronos Ensandecido (Org. Sérgio Pripas, EdUFSCar, 2009). Uma compilação de vários ensaios de profissionais das mais diversas áreas versando sobre esse ente tão fantástico e generoso ao passo que é o pior dos carrascos, o tempo.

Bem, antes de mais, aproveito para avisá-los de que em breve cairá uma tempestade de posts aqui no Perversão! porque, claro, não estive de braços cruzados durante estes últimos trinta dias... não amigos... escrevi bastante. Tem um post sobre a Páscoa que, como já passou, eu estou trabalhando para transformá-lo em um post sobre meu mestre Jesus Cristo; tem um sobre a magia que envolve as sextas-feiras, fantástico diga-se de passagem (vocês verão); e, é óbvio, o meu post-resposta à controvérsia entre meu irmão e eu sobre Quentin Tarantino que está imperdível! Aproveitem e dêem uma olhada lá no blog do meu irmão  O Caminho Recusado, que é fantasticuzinho. Isso tudo feito paralelamente a minha monografia de conclusão de curso. Aguardem.

Eu não ia falar nada mas, ja que estou aqui, me sinto obrigado a comentar o mais novo acontecimento mundial: a morte do Bin Laden. Brincadeiras à parte, eu tenho apenas uma consideração a fazer sobre um único ponto que foi o que mais me chamou a atenção nos fatos veiculados até agora.

Há pouco menos de dez anos atrás, no ano da graça de 2001, eu estava com a TV ligada durante os atentados ao WTC. Domingo passado, também estava eu acordado em frente a TV assistindo ao clássico A Rocha, quando os filhos da puta da rede globo interromperam a cena da perseguição de carro para passar a morte do Bin-Bin. Muitos chamam isso de coincidência; outros de providência divina... eu chamo de sinal dos tempos: não se pode nem mais assistir a uma perseguição de carros em paz.

Voltando ao assunto, o que chamou a minha atenção foi a comemoração dos americanos pela morte do cara. Analisemos apenas de passagem: uma ação da CIA, na calada da noite (bem cliche ein), Bin Laden em uma mansão no deserto a menos de um quilômetro de um quartel militar (uma revolução para um cara que passou os últimos dez anos em cavernas e grutas nos confins do deserto, mesmo sendo bilionário), nada de corpo (os EUA seguiram o exemplo da nova filosofia japonesa, aquela do "joga no mar"). 

Tudo o que sobrou do OBL foi uma mensagem: "GEROMINUS K.I.A" (gerônimo morto em combate... antigamente a CIA usava o codenome "pacote" para os alvos... agora andam dando nome de índio. Soa mais português do que norte americano). Afinal de contas, o que esses porras desses americanos comemoraram? A morte de quem? Barak Obama tentou o quanto pode esboçar um sorrisinho que se propunha de satisfação. AH VAI TOMA NO MEIO DO RABO! Que que é isso gente?! A pouco mais de um ano das eleições presidenciais de 2012, é morto o assim chamado "maior terrorista" de todos os tempos. Obama, você pode insultar deliberadamente a inteligência dos imbecis dos seus conterrâneos porque já que o que vocês sabem fazer é consumir e destruir o planeta mesmo, não há razão para que não acreditem no que a TV  diga. Acontece que comigo não é assim que a banda toca. Não insulte a minha inteligência.



Ah! E se você acha que o terrorismo vai diminuir ou acabar por causa disso, você é muito burro Obama. Aliás, como todo americano insolente e mentecápto, você achou que sua ação discutivelmente intitulada "audaciosa" foi uma afronta ao terrorismo, acertando o que você considera o calcanhar de Aquiles. Sinto informar, mas você fez a si e a seu povo passarem por palhaços diante dos terroristas outra vez. Você, da mesma forma que com o Hussein, apenas contribuiu para criar mais um mártir, mais um símbolo a ser seguido por futuras gerações de terroristas. Estes sim sabem como ninguém atingir o calcanhar de Aquiles americano. Quando você vai entender, Obama, que, diferente dos ocidentais, o terrorismo de base islâmica não é apenas um ato de irreverência ou chamada de atenção? Existem questões muito maiores por tras disso. Quer acabar com o terrorismo, então você precisa entendê-lo! Vá ler o Alcorão! Visite Meca! Assista a um momento de orção islâmica... depois tente enfrentar o terrorismo. E não digo nada se você mesmo não passar para o lado dos terroristas depois dessas experiências.



Muitos chamam o que o Obama fez de "justiça". Bem, a justiça tem a finalidade de equilibrar as coisas, deixar ambos os lados contestantes em um plano de igualdade. É o caso? Penso que não. O que os EUA fizeram nem vingança foi... na verdade, o que os EUA fizeram não foi nada. Existem milhares de homens antes do Bin Laden os quais estão dispersos no mundo e, não sei se vocês sabem, esses têm ciência de que irão morrer e estão preparados para isso. Eles QUEREM morrer. 

Para eles, Obama, a morte é uma passagem para a eterna paz onde não precisarão dar a vida por uma causa. Vocês norte americanos não entendem isso porque vocês são céticos, acham que a vida fica por aqui mesmo ou, no máximo, vira adubo. Vocês enviezaram o calvinismo e o luteranismo até o ponto em que a crença se esgotou e passou a adorar ao dinheiro e ao consumo ao invés do Deus que permite ao homem criar e, acima de tudo, controlar essas coisas. 

Não é a milenar cultura islâmica que deve ser revista, mesmo porque, supondo que isso seja necessário, não cabe aos ocidentais, mas  a eles mesmos o fazerem. O que somos nós, americanos, Obama? Quantos anos temos?... quinhentos e poucos? Se somarmos a idade de todos os países do Continente, com muita sorte conseguiremos igualar à do islã. Não somos autoctones; fomos um acidente, um acaso que aconteceu pelo fato de os europeus não aguentarem mais ver as caras uns dos outros e pelo desejo que tinham de se distanciarem da latrina, da possilga, do asco, da nojeira, do escarro, da imundície que era a Europa até o início do século XX.

Ah Colombo... seu grande filho da puta! Depois que eu acabar com o Graham Bell é atrás de você que eu vou.

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